LOCALIZAÇÃO: planalto do Irã, região de extremos, com desertos, solos de baixa produtividade, montanhas que levavam fertilidade às planícies circundantes. Fica entre a Mesopotâmia e a Índia. Sua maior riqueza era retirada das minas de ouro, prata, lápis-lazúli [1] etc.
POVO: A região era ocupada pelos elamitas que desenvolveram uma civilização contemporânea dos sumérios e acádios e influenciada por eles. Sobre este alicerce (cidades, escrita) bem firme, os povos indo-europeus se estabeleceram. Os medos e persas são descendentes de tribos indo-européias oriundas da Ásia Central e que se estabeleceram na região por volta do ano 4.000 a.C. O reino da Média foi o primeiro a se organizar, sua capital era Ecbátana. Foi dominado pelos Assírios (715-612 a.C.), mas unidos aos caldeus (Povo da Mesopotâmia / II Império Babilônico) os medos conseguiram derrotar os conquistadores. O Reino dos Medos se tornou poderoso, mas terminou conquistado por Ciro I, rei dos persas que unifica os dois reinos em 550 a.C.
O ESTADO: O estado persa era autocrático e centralizado na figura do rei que era eleito/reconhecido pela assembléia de nobres persas e medos, a Aura Masda. Os persas formaram um dos maiores impérios em expansão territorial da Antigüidade. Os principais reis da Pérsia foram:
Ciro I, o grande (560-530): Expandiu o Império incorporando parte considerável da Ásia Menor, Mesopotâmia, Palestina, Síria, Fenícia e parte da Índia. Iniciou a política persa de respeito pela cultura, religião e costumes dos povos conquistados como forma de garantir a estabilidade do Império disfarçando a dominação. Criou o “Exército dos Imortais” formado por 10.000 homens e que sempre era renovado para que seu número se mantivesse estável. Fundou a cidade de Pasárgada que se tornou sua capital.
Cambises II (530-522): Filho e sucessor de Ciro, governava a Babilônia para o pai. Expandiu o Império até o Egito e a Líbia. Tinha planos de conquistar Cartago e o Reino de Napata que ficava ao sul do Egito. A campanha no deserto não foi bem sucedida, muitos soldados se perderam, o exército se recusou a lutar e os fenícios não cederam seus navios para que chegasse à Cartago pelo mar. Ficou na história como cruel e despótico. Não se sabe ao certo se foi assassinado ou cometeu suicídio.
Dario I (523-486): Tomou uma série de medidas para melhor governar e manter o Império. Dividiu o território em 20 povícias/estados (as satrápias), os sátrapas vinham da nobeza local, ou mesmo das antigas famílias reais; instituiu um corpo de funcionários reais (“olhos e ouvidos do rei”) para fiscalizar os governadores (sátrapas); criou o dárico moeda única que facilitaria as transações comerciais entre as várias partes do Império Persa [2]; como o império era muito extenso criou 4 capitais (Ecbátana ou Pasárgada, Persépolis, Babilônia e Susa); mandou construir a Estrada Real de 2.400 km ligando Sardes na Ásia Menor à Susa; e aperfeiçoou um sistema de correios que permitiu que as mensagens fossem levadas com maior rapidez percorrendo diversos postos (com homens e cavalos descansados) ao longo das principais estradas do Império. Dario tentou expandir seu Império até a Europa invadindo a Grécia. A resistência dos gregos, entretanto, colocou fim a expansão territorial persa com a derrota na Batalha de Maratona. As guerras entre gregos e persas foram ficaram conhecidas como Guerras Médicas (por causa dos medos) ou Guerras Greco-Pérsicas. A primeira foi travada por Dario I e as duas outras por seu sucessor Xerxes.
SOCIEDADE: No topo da sociedade persa estavam as grandes famílias nobres persas e medas. Estas não pagavam impostos. Os demais segmentos da sociedade, os sacerdotes ou magos (responsáveis pela justiça a mando do rei), comerciantes, os soldados (importantes em virtude do caráter expansionista do Império) e os camponeses (que viviam sob o regime de servidão coletiva) arcavam com todos os impostos.
ECONOMIA: A base da economia era a agricultura, até porque, com a expansão do Império, os persas anexaram as áreas férteis do Egito e Mesopotâmia. Os persas e medos preferiam as atividades agrícolas e pastoris. O comércio era a segunda atividade mais importante e estava entregue aos babilônios, fenícios e judeus (hebreus). Para melhorar o comércio, Dario I mandou restaurar um canal ligando o Mar Vermelho e o Rio Nilo.
RELIGIÃO: Baseada no Zend Avesta, foi criada por Zoroastro, sendo chamada de Zoroastrismo e, posteriormente, Masdeísmo. A religião persa era dualista, e acreditava na presença de dois deuses, um do Bem (Ahura-Mazda) e um do Mal (Ormuz), em permanente duelo. Ainda assim, deuses antigos como Mitra (deus do sol) e Anahita (deusa da água) continuavam sendo adorados pelo povo. Os seres humanos teriam o direito de escolher entre um e outro (livre-arbítrio) e seriam julgados pelo Messias no Juízo Final, quando os bons ganhariam a vida eterna. Havia também a presença de seres inferiores aos deuses, como anjos ou demônios, de forma que deuses antigos pudessem continuar presentes no culto. A religião não tinha templos, somente sacerdotes, e o fogo era considerado sagrado. Acredita-se que a religião dos persas influenciou profundamente o Judaísmo e, por conseguinte o Cristianismo. Ainda hoje o Masdeísmo é praticado por algumas populações do atual Estado Islâmico do Irã e na região de Bombaim na Índia. Devido a influência dos babilônios a religião persa se travestiu de um caráter pessimista e fatalista (ligado a idéia de destino) que aumentou ainda mais o poder dos sacerdotes.
AS LEIS: O rei era a autoridade máxima e dele emanava a justiça, sua palavra era lei. Os juízes eram funcionários nomeados, para pequenos crimes aplicavam-se castigos corporais, a pena de morte não podia ser aplicada por um único delito e todo criminoso deveria ter um julgamento. Única exceção era rebeldia contra o rei.
CULTURA: Sofreu forte influencia dos povos conquistados, sendo marcada pelo ecletismo. A princípio os persas se utilizaram da escrita cuneiforme, mas posteriormente desenvolveram um alfabeto próprio com base no utilizado pelos arameus (povo da Palestina.)
[1] Lapis-Lazúli (lazurita): Mineral monométrico, azul-ultramar, silicato de alumínio e sódio e sulfato de sódio, na proporção de três do primeiro para um do segundo, us. como matéria ornamental; lápis-lazúli.
[2] As moedas foram enviadas na Lídia, região da Ásia Menor. Ver texto complementar.
19 comentários:
mto bom essa materia sobre os persas...parabéns...
Caara vlw por essa postagem !!
salvo minha vida !!
kkkkkkkkkkkkkkk
Parabéns
Muito bom
mesmoo
completão!!!
Fuuii
Brigadãão !! Não tem nada sobre a sociedade e a economia persa na web ! Parabéns , completo !
muito bom essa postagem ótima!
Géééh.BrigadooOOo...eta o que eu queria ,as, faltou a herança dos persas mas ta otimo..........
valeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
oi
muito obrigado
vc me ajudou muito procurei na net quase toda e naum achei o que eu queria pra fazer um trabalho comparativo entre varias sociedades da antiguidade
achei no seu blog
parabens
Adorei a postagem me ajudou muito!
Vou aproveitei bastante ,
está de parabéns !
muito obrigada viu ?
abraços
valew salvou minha pele,
meu trabalho ficou super legal!!
vlw.. mto obg pela materia! eu tava precisando de algo bem explicado assim.. obg!
muito obrigada!
to no primero ano e a professora tah puxando desses assuntos...
vlw!
parabens poucas pessoas sabem esclarecer a HISTORIA de um povo tão facinate.
{kleber.ksc@gmail.com}
Perfect^^
ameiii td q eu precisava^^
Parabensss
essa materia foi muito boa sobre os persas e salvou o meu bimestre.valeu
Arrasou!
OOOtimo conteudo!
Visitah meu blog!
maravilhoso.........
muito obrigado
salvou um grupo enorme de pessoas(o meu grupo de história)
valeu..........
otimo!!
me ajudou bastante na minha pesquiza!!!^^
obrigada Valeria vc me ajuda muito . olha quando falp muito eu nao exajero,viu? he,he. tchau tenho 11 anos
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