# ORIGENS: Os Francos (bravos) foram um povo germânico que se estabeleceu no século III às margens do Rio Reno. Eram formados por várias tribos e receberam dos romanos as terras entre o Rio Reno e o Mar do Norte na condição de auxiliares. Esta concessão demonstrava a fraqueza dos romanos e a belicosidade dos francos, que logo começaram a expandir seu território às custas dos romanos.
# DINASTIA MEROVÍNGIA: O Rei Meroveu, no século V, juntou forças com os romanos para combater os hunos, o inimigo comum, e é considerado o fundador da primeira dinastia dos francos, a Merovíngia. Seu neto, Clóvis, conseguiu unir todos as tribos francas sob seu governo, e estendeu do rio Some até o rio Loire. Era casado com uma cristã e, depois de vencer uma batalha importante, se converteu ao cristianismo com todo o seu povo. Os francos foram o primeiro povo bárbaro a se converter diretamente do paganismo ao catolicismo romano e tornaram-se o braço armado da Igreja de Roma. Outro personagem importante foi o prefeito do passo, Carlos Martel, que derrotou os árabes, em 732, na Batalha de Poitiers.
Espanha conquistada (Al-Andalus), reinos cristãos no no norte da Península Ibérica, reino franco e reino lombardo na Itália. |
# MORDOMOS DO PAÇO: Com o tempo, os reis merovíngios passaram a ter uma função meramente figurativa e seus mordomos do paço governavam por eles e mesmo comandavam os exércitos. Um desses mordomos do paço, Pepino, o Breve (714-768) depôs o último rei merovíngio, em 752, e iniciou a Dinastia Carolíngia. Durante o seu governo, instituiu o Patrimônio de São Pedro, doando uma série de terras, compradas e conquistadas, ao Bispo de Roma, garantindo-lhe certa autonomia.
# DINASTIA CAROLÍNGIA: O filho de Pepino, Carlos Magno assumiu o trono com a morte do pai e expandiu muito os territórios francos. Construiu escolas (a mais famosa era a Palatina que ficava em seu próprio palácio) que teoricamente poderiam ser frequentadas por qualquer pessoa, mosteiros, catedrais. Encarregou seu conselheiro, Alcuíno de York, de criar uma escrita simplificada, a chamada minúscula carolínea. Reuniu em sua corte uma série de sábios e intelectuais que davam aulas, discutiam filosofia e teologia, escreviam leis promovendo o que ficou conhecido como “Renascimento Carolíngio”.
Os romanos escreviam tudo em maiúsculas e sem espaçamentos. |
Minúscula Carolínea introduziu letras minúsculas e espaços que facilitavam a leitura. |
Leão III coroa Carlos Magno. |
# FIM DO IMPÉRIO CAROLÍNGIO: Carlos Magno morreu em 814, seu herdeiro Luís, chamado de “o piedoso”, não conseguiu manter o governo enérgico de seu pai. Preocupado mais com as questões religiosas do que administrativas, que deixou ao cargo de funcionários, esse príncipe mandou queimar os livros que não fossem considerados cristãos. Enfraquecido politicamente, seus filhos se rebelaram e ele teve que dividir o império com os três filhos, Lotário, Pepino e Luís, se retirando para um mosteiro. Pepino morreu cedo e depois da morte de seu pai, em 840, seu irmão Lotário se recusou a dividir o território com o meio-irmão, Carlos, o Calvo.[1] Os irmãos, Luís e Carlos se juntaram e derrotaram Lotário obrigando-o a assinar o Tratado de Verdun. Este dividia o Império em três partes. Carlos ficou com a parte do Império mais ou menos equivalente à França atual; Lotário ficou com a parte central que abrigava no seu interior o Patrimônio de São Pedro; e Luís ficou com a chamada Germânia.
Império dividido pelo Tratado de Verdun. |
A Canção de Rolando, manuscrito do século XI. |
[1] Luís tinha se casado em segundas núpcias com Judite da Baviera.
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