Como eu havia prometido, segue o gabarito das questões discursivas que estavam na última V.I. das turmas 706, 707, 708, 709 e 710. Não são respostas para decorar, e o fato de você não ter respondido exatamente como no gabarito não quer dizer que você tenha errado a questão. Lembrando que havia duas questões discursivas em cada V.I., logo, voc~e só fez duas delas. Seguem as questões resolvidas:
1. Cite duas das reformas promovidas por Otávio Augusto. (2 pontos)
R.: São reformas de Otávio (lembre-se que você só precisava citar duas):
** Aumento da autonomia administrativa das cidades e províncias e sua divisão entre: senatorias e imperiais. As províncias imperiais eram as de fronteira e os governantes eram nomeados diretamente pelo imperador que também reforçou a presença do exército no limes do Império.
** Classificação da população pela renda: só os mais ricos poderiam chegar ao Senado.
** Centralização dos gastos públicos como forma de reprimir a corrupção.
** Designação de funcionários de confiança para cobrar os impostos nas províncias.
** Reorganização dos correios: um Império tem que ter um sistema de comunicação rápido e confiável.
** Agravamento de penas e repressão de práticas que atentassem contra a moral e os bons costumes. Otávio também vai reprimir os excessos de luxo da sua corte.
** Revigoração das rotas comerciais e a criação da esquadra imperial, responsável por proteger os navios que traziam os grãos que abasteciam a Itália.
** Construção de obras de infra-estrutura: aquedutos, pontes, termas, mercados, etc.
** Apoio às artes, através do patrocínio de artistas, filósofos e escritores. A prática, comum até hoje, chama-se Mecenato e é feita pelo Estado, grandes empresas ou mesmo indivíduos ricos. Esse termo vem de Mecenas, nome de um amigo de Otávio.
2. Por que a divisão do Império Romano em dois Estados acelerou o fim da sua parte Ocidental? (2 pontos)
R.: O Império do Ocidente não havia se recuperado da Crise do Século III, com a divisão, não pode mais contar com o auxílio econômico e militar da parte Oriental, o que acelerou o enfraquecimento das estruturas do Estado e a perda de territórios que foi sendo tomados ou cedidos aos povos germânicos.
3. Por que os imperadores do século II são conhecidos como “Bons Imperadores”? (2 pontos)
R.: Esses imperadores, alguns deles nascidos fora da Itália em províncias da península Ibérica ou Norte da África, são assim chamados, pois fizeram governos competentes e garantindo a segurança política, o desenvolvimento econômico e convivência entre os diversos grupos sociais. Foi durante o seu governo que o Império chegou ao máximo de sua expansão com a conquista, com a conquista durante o governo de Trajano, da Dácia (Romênia) e da Mesopotâmia. Durante o governo dos “Bons Imperadores” a Pax Romana chegou ao seu auge, a civilização romana se estendeu a todos os cantos do Império e as revoltas não representaram um grande problema para os governantes romanos.
4. Como se deu a expansão do Cristianismo? (2 pontos)
R.: A expansão do Cristianismo, nos século I e II, se deu graças à estabilidade e segurança fornecidas pela Pax Romana, assim os missionários cristãos se valiam da infra-estrutura do Império e da cultura helenística, em especial a língua grega, para se espalhar pela malha urbana do Mediterrâneo.
5. Por que podemos dizer que o século III traz grandes mudanças para o Império Romano? (2 pontos)
R.: Porque este período foi marcado pela instabilidade política, porque a guerra civil se tornou constante. Eram comuns os assassinatos de Imperadores e outros governantes. A insegurança, gerou a crise no comércio e no abastecimento. Os camponeses, constantemente convocados para serviço militar, esvaziavam o campo e reforçavam a crise agrícola, a fome e a inflação. Além disso, o fim da expansão diminuiu o número de escravos e agravou a crise de mão-de-obra. A concessão de cidadania para todos os habitantes livres do Império, em 212 d.C., ajudou a diminuir o prestígio do Exército que admitia cada vez mais bárbaros. Os funcionários públicos aterrorizavam a população, aumentavam os impostos e a corrupção era uma constante. Mesmo que o Império tenha conseguido sobreviver a grande crise, a partir daí teremos dois territórios distintos, o Oriente, com fortes núcleos urbanos, helenizado, rico e cada vez mais cristão, e o Ocidente que não consegue se recuperar e se torna cada vez mais ruralizado e dominado pela presença dos bárbaros germânicos.
6. O que foi o colonato? (2 pontos)
R.: O colonato era uma forma de trabalho na qual o camponês abria mão de sua liberdade de ir e vir, por si, sua família e seus descendentes, em troca da proteção de um latifundiário. A partir de então não poderia ser expulso da terra. O colonato foi uma forma de trabalho estimulada por Diocleciano para aumentar a produção agrícola e impedir o êxodo rural; sob o governo de Constantino a situação dos colonos foi legalmente regulamentada. Muitos senhores alforriaram seus escravos, transformando-os em colonos. Os escravos ficavam “livres”, ganhavam certa segurança, e os senhores se livravam de uma série de deveres (*vestir, alimentar, fornecer moradia*), ao mesmo tempo em que garantiam a permanência dos braços na lavoura.
7. Qual a importância do Edito de Milão? (2 pontos)
R.: O Edito de Milão é importante porque dá liberdade de culto aos cristãos que eram um grupo importante na parte oriental do Império Romano. Esta lei abre caminho para a aproximação entre o Estado Romano e a Igreja que antes perseguida passa a gozar de prestígio e poder cada vez maiores.
8. Qual a importância das invasões bárbaras para o fim do Império Romano do Ocidente? (2 pontos)
R.: Como o Ocidente já se encontrava fragilizado pela crise política, econômica e militar, a chegada de um número cada vez maior de povos bárbaros acelerou a desagregação do Império. Os germanos, os hunos e outros não provocaram a crise, só representaram um fator a mais no desgaste que a parte Ocidental do Império vinha sofrendo.
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