sábado, setembro 02, 2006

ROMA 2: GABARITO EXERCÍCIOS


1. O que significa a expressão “república”? No início da República, quem era considerado cidadão em Roma?
R.: O termo república vem do latim res publica que quer dizer “coisa do povo”. No início da República somente eram cidadãos aqueles que faziam parte do exército.
2. Explique por que durante a República aumentaram os conflitos entre patrícios e plebeus.
R.: Porque o número de plebeus aumentou e sua participação, inclusive no exército, também. Alguns plebeus enriqueceram. Os plebeus desejavam, portanto, mais direitos políticos, além de terra. O período da República será marcado pela concessão de vários direitos aos membros da plebe.
3. Quem eram os Eqüestres e por que eles se tornaram tão importantes durante a República?
R.: Eram os “novos ricos” de Roma, plebeus, cidadãos oriundos de fora da cidade e mesmo patrícios. Muitos enriqueceram com a expansão territorial e dedicavam-se a várias atividades como grande comércio, tráfico de escravos, controle das minas e empréstimos. Originalmente significava “cavaleiro”, pois os eqüestres formavam esta divisão do exército romano.
4. Por que podemos dizer que o Senado perdeu poderes ao longo do período republicano?
R.: Porque com as concessões aos plebeus e o fortalecimento de lideranças político-militares, em especial a partir do século II a.C., o Senado teve que abrir mão de alguns privilégios, até se tornar um espaço de prestígio, mas não de poder político real.
5. Quais as principais leis aprovadas durante o período republicano? Quais ganhos cada uma delas trazia para a população plebéia?
R.: Lei Valéria: dizia que os plebeus não poderiam ser prejudicados pelos magistrados (patrícios); Lei Agrária: dizia que os plebeus deveriam receber terras públicas fruto das conquistas, principalmente; Lei das XII Tábuas: primeira “constituição” romana, apesar de não igualar patrícios e plebeus, pelo menos deixava claros quais eram os direitos e deveres de cada grupo; Lei Canuléia: suspendia um dos itens da Lei das XII Tábuas e liberava o casamento entre patrícios e plebeus; Leis (Rogações) Lícinias: acabou com a escravidão por dívidas e permitiu que os plebeus pudessem eleger um dos cônsules; Lei Hortênsia: tirava do Senado o direito de vetar as decisões das assembléias populares.
6. “Pela lei das XII Tábuas os patrícios eram superiores aos demais membros da sociedade, mesmo assim, ela representou um avanço jurídico importante para os plebeus”. Explique esta afirmativa.
R.: Porque até então os plebeus não sabiam quais eram seus direitos e deveres, as leis eram baseadas no “costume” que poderia ser manipulado pelos magistrados, em sua maioria patrícios. Ter as leis escritas, facilitava a defesa dos interesses dos plebeus.
7. Explique por que Roma precisou expandir o seu território.
R.: Com o crescimento da população, Roma precisou de mais terras. Além disso, outros povos vizinhos também estavam se expandindo pelo mesmo motivo. Muito mais do que movida pela “ganância” o início da expansão romana foi impulsionado pela necessidade.
8. “Roma e Cartago passaram de aliadas a inimigas mortais.”. Quais os ganhos que Roma obteve com a derrota de Cartago?
R.: Cartago era a principal potência concorrente de Roma. Com a derrota da rival, Roma conseguiu a hegemonia militar e econômica no Mediterrâneo, além de terras, riquezas e escravos.
9. Depois da conquista da Grécia a cultura Helenística conquistou Roma. Explique as mudanças que isto trouxe para a cultura romana.
R.: Com a conquista da Grécia e de outros centros helenísticos, Roma passou a ser fortemente influência por essa cultura, seja nos costumes, na forma de ver o mundo e organizar o conhecimento. A partir desse momento, um romano culto deveria saber grego e conhecer a cultura grega.
10. Com as conquistas a economia romana mudou, explique este processo enfatizando aspectos como produção e consumo de bens.
R.: Roma tinha uma economia baseada no pastoreio e na agricultura. Com a expansão formaram-se grandes latifúndios onde a maioria dos trabalhadores eram escravos, além disso, a Itália tornou-se muito mais um centro de consumo de bens, desde alimentos até produtos exóticos e de luxo, e não um centro produtor de alimentos ou produtos manufaturados.
11. No início da História Romana os escravos eram “parte da família”, mas isso mudou com a República. Como ficou a situação dos escravos? Por que podemos dizer que o aumento da escravidão teve grande impacto sobre a situação da população mais pobre de Roma?
R.: Com as conquistas o número de escravos cresceu muito e seu fluxo era contínuo. Sendo um produto muito barato, os escravos começaram a substituir a mão-de-obra livre. Os pequenos proprietários também não conseguiam vender seus produtos que ficaram muito caros, endividaram-se e perderam suas terras. Os resultados do aumento da escravidão foram, portanto, o desemprego e o êxodo rural.
12. Por que podemos dizer que o século II a.C. foi marcado por graves conflitos sociais que abalaram as estruturas da República?
R.: Porque com o crescimento do território romano, as estruturas políticas antigas começaram a se mostrar incapazes de lidar com problemas como o desemprego crescente e a miséria dos plebeus. Além disso, cresceu o antagonismo entre patrícios e plebeus, ricos e pobres, o que gerou confrontos sangrentos.
13. Quem foram os Irmãos Graco? O que eles defendiam?
R.: Os irmãos Tibério e Caio Graco pertenciam a uma família romana muito importante e foram eleitos – em épocas diferentes – tribunos da plebe. Defendiam os interesses dos plebeus, isto é, o cumprimento da lei agrária, a diminuição do preço dos alimentos, a redução do tempo de serviço militar, entre outras medidas.
14. Explique o antagonismo entre Optimates e Populares.
R.: Eram dois “partidos” romanos do II século a.C. Os optimates (os melhores) defendiam a supremacia do Senado e do domínio político por parte das famílias nobres; já os populares queriam que a maioria do poder estivesse nas mãos das assembléias populares.
15. Qual a importância da Reformas do General Mario? Explique cada uma delas.
R.: Mario foi um cônsul romano que tomou várias medidas em benefício dos plebeus: criou o soldo, o que profissionalizou o exército e permitiu que mesmo os proletários (cidadãos sem terras) pudessem se tornar soldados; ordenou que terras públicas fossem dadas aos soldados veteranos, satisfazendo antigas demandas dos plebeus.
16. Por que podemos dizer que os governos de Mario e Sila deixaram evidente a crise da Estrutura de Governo Republicana?
R.: Porque ambos conseguiram se manter no poder por vias ilegais, um elegendo-se sete vezes ao consulado e outro obtendo do Senado um “cargo” de ditador sem prazo para entregar o poder. Além disso, como cônsules lutaram entre si e promoveram o massacre sistemático de seus opositores, em geral membros das elites romanas.
17. Quem foi Espartaco? Por que a revolta de escravos liderada por ele foi tão importante para a História de Roma?
R.: Foi o líder de uma grande revolta de escravos que durou de 74 até 71 a.C. Mesmo em situação desvantajosa, derrotaram o exército romano em vários confrontos, saquearam cidades e chegaram a ameaçar a própria Roma. Foram derrotados por Crasso que viria a formar o primeiro Triunvirato com Pompeu e César. A figura de Espártaco foi idealizada por seus contemporâneos e nos séculos posteriores, sua história e a de seus companheiros e companheiras foi recontada em romances, peças teatrais, balé e filmes.
18. O que foi o Primeiro Triunvirato?
R.: Foi um governo formado por três poderosos chefes político-militares, sem tempo de mandato determinado. Esta forma de governo não estava de acordo com as leis romanas e ilustra bem a crise nas estruturas políticas da República.
19. Liste e explique as Reformas de Júlio César e sua importância para o final da República.
R.: Júlio César fez parte do primeiro Triunvirato e tornou-se senhor de Roma depois de derrotar Pompeu e submeter o senado. Suas reformas tinham como objetivo aumentar o seu poder (diminuiu o poder do Senado); angariar a simpatia dos habitantes (concedeu cidadania a várias províncias romanas, retirou os privilégios dos cidadãos da Itália, proibiu a cobrança de impostos pelos publicanos); Mudou o calendário romano adotando um modelado a partir do egípcio (Calendário Juliano), solar e mais preciso; defendeu os interesses dos plebeus (concedeu terras aos soldados veteranos, estabeleceu que para cada escravo empregado na lavoura deveria haver um cidadão livre contratado). César foi visto como uma ameaça pelas elites senatoriais que o acusavam de desejar ser rei e acabar com a República. Seu assassinato acelerou as mudanças políticas que conduziram ao governo Imperial.
20. Como terminou a República Romana?
R.: A República chegou ao fim depois da dissolução do segundo Triunvirato e a vitória de Otávio, sobrinho de César, sobre Marco Antônio e Cleópatra. Otávio foi então reconhecido como governante pelo Senado que lhe deu poderes perpétuos. Tornou-se Augusto (divino), pontífice máximo, chefe do Senado e Príncipe, isto é, primeiro dos cidadãos.

5 comentários:

jedy disse...

muito interessante isso, me serviu muuiitoo mesmoo!!
obrigado e continuem postado esse tipo de coisa!!
vlw!
abraços!

Anônimo disse...

Minha Professoara não sabe elabora perguntas e pegoa daquii

Unknown disse...

"Considerando a sociedade romana,justifique o trecho: a propriedade da terra permaneceu como a condição básica para o cidadão gozasse de poder e prestígio. " alguém pode explicar?

Unknown disse...

Durante o desenvolvimento da civilização romana, a pripriedpro privada foi se tornando cada vez mais um provilepri da elite patricia. Os pequenos proprietários e camponeses precisaram cada vez mais abandonar suas terras, as quais sempre acabavam nas mãos da elite. Então, significa basicamente o poder dos patrícios sobre as propriedades das zonas rurais (feudos) e como eles desfrutavam da mão de obra escravizada, recebendo sempre o melhor e sempre aumentando suas terras

Valéria Fernandes disse...

O conceito de feudo não se aplica a Roma.