Aprender coisas novas é fascinante. Eu não sabia a origem do termo "eminência parda", ainda que o significado, sim. Eminência parda é alguém poderoso, capaz de tomar decisões-chave ou conselheiro que opera "nos bastidores" ou em uma capacidade não pública ou não oficial. Não tem necessariamente um cargo importante, mas tem muito poder DE VERDADE. E quem ocupa esse tipo de posição não sai por aí anunciando, porque não deve, nem precisa.
Pois bem, o termo existe por causa o braço direito do Cardeal Richelieu (L'Éminence/eminência vermelha), François Leclerc du Tremblay ou Padre Joseph (1577-1638), um capuxinho. O hábito é marrom, é uma ordem franciscana, mas os franceses usavam o termo "grise", que poderia ser cinza, também, e passa a ideia de sombras. Eu nunca li nada sobre Padre Joseph e não lembro dele nos romances de Alexandre Dumas, mas ele é citado logo no primeiro capítulo dos Três Mosqueteiros. Eu não me lembrava:
“Depois do rei e do senhor cardeal, era o Sr. de Tréville o homem cujo nome talvez fosse mais frequentemente pronunciado pelos militares e até pelos burgueses. É verdade que havia também Padre Joseph, mas o nome deste último só era proferido baixinho, tão grande terror inspirava a Eminência Parda, como chamavam ao secretário do cardeal”.
Enfim, o quadro abaixo é de Jean-Léon Gérôme (1824–1904) e se chama L'Eminence Grise (1873) e mostra o humilde Padre Joseph, conhecido pelos seus hábitos austeros e sua intensa espiritualidade, descendo as escadas e sendo admirado/saudado/reverenciado por figuras das mais diferentes condições, a maioria, superiores a ele, porque, bem, ele tinha livre acesso e a confiança do Cardeal Richelieu.
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